sábado, 31 de dezembro de 2011

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

A mandioca que vira copinhos


     As empresas começam a inventar uma alternativa para evitar a poluição causada por plástico: um produto equivalente que é feito de plantas e raízes e se decompõe naturalmente
     MARINA YAMAOKA

Imagem: designergh.com.br
     Os produtos de plástico são utilíssimos, a vida sem eles é impossível e os danos causados ao meio ambiente são imensos. Até aí, nenhuma novidade. Segundo as estatísticas mais recentes, 150 milhões de toneladas desses produtos são fabricadas no mundo por ano e 95% delas vão parar em lixões, sem tratamento algum, ficando sujeitas a um processo de decomposição interminável. Uma solução pode estar na busca de um produto alternativo semelhante em tudo ao plástico, mas menos poluente. Estudos nessa direção estão avançando, e resultados já são vistos na produção de objetos – embalagens, garrafas, componentes de celulares, autopeças – feitos do chamado bioplástico. Assim como os plásticos convencionais, os bioplásticos são feitos de polímeros, e as propriedades e características dos dois (vida útil, resistência a choques e variação de temperatura) também se assemelham. A diferença está na matéria-prima: enquanto o convencional vem do petróleo, o “ecológico” é obtido da natureza, em grande parte na agricultura: da cana-de-açúcar, do milho, da mandioca, da batata, e outros.
     A maior vantagem do bioplástico é amenizar o aquecimento global provocado pela emissão de gás carbônico. Cada quilo de plástico feito a partir de petróleo libera cerca de 6 quilos de gás carbônico. Com os plásticos verdes acontece o contrário: cada quilo produzido representa a absorção de 2 a 2,5 quilos de gás carbônico devido à fotossíntese dos produtos agrícolas usados na sua composição. Também demandam muito menos energia na sua produção. Além disso, são 100% recicláveis e 70% deles são biodegradáveis e compostáveis – decompõe-se sozinhos, em 180 dias, em média.
Imagem: designergh.com.br
     Dois problemas ainda travam a expansão da indústria de bioplásticos. Um deles, a necessidade de mais pesquisas, vem sendo amenizado com o desenvolvimento de projetos no mundo todo. Entre os muitos usos do produto, já estão em fase de teste no mercado uma bola de golfe que se degrada e vira comida de peixe se cair na água, uma goma de mascar que não gruda e, num futuro mais distante, um filme invisível que envolve frutas, impede que elas estraguem rapidamente e pode ser ingerido. Já o outro problema é mais complicado: ainda é muito caro produzir o plástico verde. A maior parte das empresas que atuam no setor está utilizando a cana-de-açúcar – a Braskem, no Rio Grande do Sul, produz 200 000 toneladas por ano de plástico derivado de polietileno formado a partir do processo de desidratação do etanol. Situada em São Carlos, no estado de São Paulo, a CBPak utiliza matéria-prima mais inusitada: produz atualmente 300 000 bandejas e copos de plástico para embalar alimentos feitos a partir de amido de mandioca e espera faturar 10 milhões de reais neste ano.
     “Trata-se de um negócio que ainda está engatinhando e que enfrenta duas barreiras: o preço e a produtividade”, diz Cláudio Rocha Bastos, fundador da CBPak, que tem planos ambiciosos de ampliar sua produção em dez vezes. Embalagens ecológicas podem custar até o triplo das de origem fóssil e, mesmo tendo atingido, em 2011, a marca de 1 milhão de toneladas, a atual produção mundial não representa nem 1% do mercado de plásticos.

Revista VEJA, Edição Especial, dezembro de 2011. pg. 56-57.

sábado, 17 de dezembro de 2011

Como funciona a reciclagem de computadores?

        O lixo eletrônico é um dos grandes problemas da atualidade. Segundo dados do Greenpeace, por ano, são produzidos até 50 milhões de toneladas desse tipo de dejeto no mundo inteiro. E o volume vem crescendo em 5% ao ano na Europa. A questão principal não é a só que esse lixo ocupe muito espaço, o grande perigo é que a maior parte dos aparelhos eletrônicos usa em sua fabricação metais tóxicos, como mercúrio, chumbo e cádmio. "Quando um computador vai para o aterro sanitário, essas substâncias reagem com as águas da chuva e contaminam os afluentes e o solo", alerta Tereza Cristina Carvalho, diretora do Centro de Computação Eletrônica da Universidade de São Paulo (USP) e coordenadora do Centro de Descarte e Reciclagem de Lixo Eletrônico da instituição.
    A princípio, todos os componentes do microcomputador e do monitor podem ser reciclados. Até mesmo as substâncias tóxicas, como o chumbo, são reaproveitadas na confecção de novos produtos, como pigmentos e pisos cerâmicos. "A ideia é que, além de evitar que o metal contamine o solo, ele volte para a linha de produção. Assim, não é preciso tirar mais minérios da natureza", afirma Tereza Carvalho. Porém, no Brasil, ainda é muito difícil conseguir reciclar um aparelho inteiro. O que acontece é que, em geral, as empresas são especializadas na reutilização de apenas um tipo de material, como placas, plástico ou metais. Assim, quando uma máquina chega a esses lugares, o que interessa é aproveitado e o restante tem destinação incerta. É por isso que a USP está implantando o primeiro centro público de reciclagem de lixo eletrônico, que deve entrar em funcionamento em agosto. Lá, a equipe vai fazer a separação dos materiais e destiná-los para as empresas especializadas, fazendo com que nada seja descartado. "Existe uma falta de consciência sobre esse assunto, mas temos de pensar que, só em 2008, foram vendidos 12 milhões de computadores e que, daqui a cinco anos, eles vão virar sucata", diz a professora.
       No Brasil, a questão da destinação de aparelhos elétricos começou a ser discutida só agora, com um projeto de lei aprovado na Assembleia Legislativa de São Paulo e que prevê que os fabricantes, importadores e comerciantes sejam responsáveis por recolher e destinar o lixo eletrônico. Porém, Tereza Carvalho explica que a iniciativa é válida, mas não resolve o problema, já que trata apenas de computadores, monitores e produtos magnetizados. Sistemas de rede e parques de telefonia ficaram de fora. "Na Europa, que está bem avançada no assunto, desde 2002, existem leis que obrigam os fabricantes a se responsabilizar por todos os eletrônicos produzidos. Além disso, só podem ser fabricados micros verdes", diz a professora. Para um computador ser considerado verde, ele precisa ter um sistema de economia de energia, ser produzido dentro de padrões de gestão ambiental e não ter chumbo em sua composição. No Brasil, algumas marcas já oferecem essa opção, mas o mercado ainda é muito pequeno. "É muito importante divulgar o problema e alertar os consumidores para, primeiro, nunca darem aparelhos velhos aos sucateiros, que só vão retirar as partes que podem vender, o resto jogam fora. O ideal é que os usuários deveriam comprar apenas micros verdes. Se houver a demanda, todas as empresas vão ter que se adequar", finaliza Tereza Carvalho. 

domingo, 4 de dezembro de 2011

Campanha Resto Zero Será Realizada Essa Semana


O Restaurante Universitário (RU) da UFSM promove de segunda (5) a quarta-feira (7) a 10ª edição do Projeto Resto Zero. A campanha busca incentivar os usuários das três unidades do RU a diminuir o desperdício de alimentos. O mau aproveitamento do que é servido durante as refeições no restaurante corresponde, segundo dados das últimas nove campanhas, a um desperdício médio de 9,53%. 

A campanha também agrega atividades com temas de relevância social, como o uso excessivo do sal, a reciclagem e a preservação do bem-estar e da saúde. As atividades serão realizadas em parceria com outros dois projetos da UFSM: o Programa de Educação Socioambiental Multicentros e o ECOPET, projeto de reciclagem de lixo organizado por grupos do Programa de Educação Tutorial (PET). 

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Site indica pontos de coleta de embalagens longa vida


Se você tem o (bom) hábito de separar o lixo orgânico das embalagens e materiais recicláveisna sua casa, uma ferramenta virtual criada pela TetraPak pode ajudá-lo a achar locais que recebem embalagens longa vida (que podem se transformar em matéria-prima para diversos produtos) e outros resíduos.
O site Rota da Reciclagem mostra, pelo Google Maps, os pontos de coleta mais próximos do local em que você está. São mais de 3.400 lugares cadastrados, divididos em três tipos:
1. Ponto de Entrega Voluntária (PEV), que recebe as embalagens e materiais para serem enviados à reciclagem;
2. Cooperativas, onde a maior parte do material coletado vem de catadores cooperados e programas de coleta seletiva;
3. Comércios, que compram os materiais descartados (em geral em grandes quantidades e das cooperativas) e enviam às empresas recicladoras




Fonte: http://super.abril.com.br/blogs/ideias-verdes/

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Isopor: da produção ao descarte


Formação e Aplicação
O isopor é um tipo de plástico fabricado a partir do estireno, derivado do petróleo. Após o processo de polimerização forma o poliestireno, composto por carbono e hidrogênio. Ele é expandido (mais de 95% de ar) e por isso pode se transformar em produtos com vários formatos. 

Tem seu uso mais visibilizado em embalagens, caixas térmicas e proteção de aparelhos. Também são muito usados na construção civil, por serem bons isolantes térmicos e resistentes a várias condições.

Impacto no Meio Ambiente
Na natureza o isopor leva 150 anos para ser degradado, conforme estimativas. Mas as suas pelotas de isopor são confundidas com organismos marinhos, como o plástico, e ingeridas por cetáceos e peixes, afetando-lhes o sistema digestivo.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Resíduos sólidos e mudanças climáticas

1º lembrar... Resíduo sólido não é o mesmo que lixo... lixo são os restos das atividades humanas considerados sem utilidade. Já, resíduo sólido é o resultado de atividades de origem industrial, doméstica, hospitalar, comercial ou agrícola e poder ser utilizado como matéria prima.


O gás metano, depois do velho e conhecido CO2, é o segundo gás em importância como responsável pelo aquecimento global. A produção desse gás ocorre pela decomposição da matéria orgânica depositada nos aterros e lixões, sendo que 84% da emissão vêm dos resíduos sólidos, 11% de efluentes industriais e 5% dos esgotos domésticos.
O gás metano pode ser transformado em combustível para automóveis ou pode gerar energia e créditos de Carbono. Além disso, a redução do desperdício de alimentos e a otimização do aproveitamento da matéria orgânica antes que ela chegue aos aterros ou lixões contribuem para reduzir a emissão de metano. A compostagem é o melhor caminho para reutilizar o composto orgânico proveniente do lixo das cidades.

Outra forma de contribuir para a redução da emissão de gases de efeito estufa é a reciclagem de embalagens após o consumo. Veja o exemplo da França após a implantação da reciclagem:





E então.... percebeu como é simples contribuir?

FONTE: Borba, M. P. & Otero, P. (org.). Consumo sustentável. São Paulo: Imprensa Oficial do Estado de Sãp Paulo, 2009. 96p.

Algumas dicas para separar lâmpadas , baterias e espelhos


Lâmpadas

O que fazer: separar as fluorescentes num lixo à parte. Misturados aos outros restos, os cacos costumam ferir os catadores. Já as lâmpadas incandescentes não são recicladas, uma vez que, segundo mostram as pesquisas, não causam impacto negativo no meio ambiente - elas devem ser depositadas, portanto, no lixo comum.



Baterias

O que fazer: reciclam-se só as de telefones sem fio, filmadoras e celulares - as outras, assim como as pilhas, têm baixa concentração de metais pesados e por essa razão não são tidas como prejudiciais ao meio ambiente. Para reciclar, faça um lixo separado: como as baterias são frágeis, podem romper-se e contaminar o restante dos detritos.



Cacos de vidros planos e de espelhos

O que fazer: embalar em jornal e colocar num lixo separado. Seguirão para vidraçarias - e não para as tradicionais fábricas que reciclam vidro.







Curiosidade: Você sabia que muitos produtos levam muitos anos para serem absorvidos pelo meio-ambiente? Veja abaixo uma relação das substâncias e o tempo que elas levam para serem absorvidas no solo.

· Papel comum: de 2 a 4 semanas 
· Cascas de bananas: 2 anos 
· Latas: 10 anos 
· Vidros: 4.000 anos 
· Tecidos: de 100 a 400 anos 
· Pontas de cigarros: de 10 a 20 anos 
· Couro: 30 anos 
· Embalagens de plástico: de 30 a 40 anos 
· Cordas de náilon: de 30 a 40 anos 
· Chicletes: 5 anos 
· Latas de alumínio: de 80 a 100 anos




Fonte: http://www.todabiologia.com/ecologia/reciclagem
http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/lixo

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Você sabia que a reciclagem de vidro é infinita?

Um vidro pode se transformar em outro vidro, sem perda de qualidade, várias vezes. No processo, o material é separado por cores, sem tampas e rótulos, e vale mesmo quando está quebrado. Depois é “triturado” em pequenos pedaços e entra na composição que vai formar um novo vidro: areia, barrilha, calcário e feldspato.
Segundo dados da Abividro, a reciclagem de vidro no Brasil saltou de 15% em 1991 para 47% em 2008. Por ano, segundo o CEMPRE, são produzidas em média 980 mil toneladas de embalagens de vidro que usam cerca de 45% de matéria-prima reciclada na forma de cacos.
As vantagensReciclar vidro evita a retirada de mais matéria-prima da natureza. A economia de energia e a emissão de gases poluentes também diminuem. Por exemplo: para fabricar do vidro com matérias-primas virgens, é necessário que a temperatura do forno chegue a 1.500°C. Se 30% da composição for de cacos de vidros reaproveitados, a temperatura de fusão baixa para 1.300° – e assim muita energia é economizada.
A quantidade de lixo produzida também será menor, o que é essencial para aumentar a vida útil de aterros sanitários (sem contar que o tempo de decomposição do vidro na natureza é considerado indeterminado).
O que levar para a reciclagem?Garrafas, potes e frascos devem estar limpos e secos. Lâmpadas, cristais, espelhos, vidros de automóveis ou temperados, cerâmica e porcelana, porém, não entram nessa lista. Isso porque eles apresentam uma composição química diferente, que dentro do processo de fabricação do vidro pode originar produtos com defeito.
Também não podem ter na mistura terra, pedras, cerâmica e louças, pois quando são fundidos, geram partículas que diminuem a resistência das embalagens. A contaminação por metal (as tampas, por exemplo) também prejudica o processo, pois forma bolhas e manchas, além de danificar o forno.
Segundo o CEMPRE, os vidros também podem ser usados na composição de asfalto e pavimentação, construção de sistemas de drenagem contra enchentes, produção de espuma e fibra de vidro, bijuterias e tintas reflexivas.
FONTE: Blog da Revista SuperInteressante

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Reciclagem de embalagens de agrotóxicos – caso de sucesso do Brasil


Não é só no dia-a-dia da universidade e de nossas casas que a reciclagem e a destinação correta dos resíduos deve ser considerada. Já é lei  no Brasil, e somos considerados exemplos em muitas partes do mundo pela correta destinação das embalagens vazias de agrotóxicos.


Pela Lei Federal n.º 9.974 de 06/06/00 e pelo Decreto n.º 3.550 de 27/07/00 estabeleceram as normas de destinação das embalagens vazias de agrotóxicos, onde consta desde a função do agricultor em realizar a lavagem adequada, até o compromisso dos revendedores e fabricantes de providenciar o adequado transporte e destinação dessas embalagens recolhidas.

Assim, já existem inúmeras centrais de recebimento de embalagens em várias regiões do país, e cada vez mais dessas são recolhidas e recicladas adequadamente deixando de prejudicar o meio ambiente.

Para mais informações acesse:

Marlon Hilgert Arenhardt
Bolsista PET-Agronomia